Ateus atacam o filme O diabo no banco dos réus

27/08/2012 15:35 às 15:35

O DVD O diabo no banco dos réus, que estará à venda no próximo mês, tem dado o que falar. Lançado pela Graça Filmes em dezembro – somente nas locadoras –, o filme virou polêmica na semana passada. O motivo? Ateus, nos EUA, decidiram atacar a história dele. A película, que tem o título original Suing the devil, estreou no cinema em agosto de 2011 e, no mesmo ano, alcançou a maior média de bilheteria de um filme cristão independente nos Estados Unidos.
O drama é estrelado por Malcolm McDowell, Rebecca St. James, Corbin Bernsen, Shannen Fields (Facing the giants), Tom Sizemore, Ros Gentle e Bart Bronson. O filme, rodado em Sydney, Austrália, tem trilha sonora do grupo Hillsong.

O longa conta a história de Luke O’Brien, um zelador que estuda Direito à noite e decide processar Satanás (Malcolm McDowell) por tudo de ruim que lhe aconteceu, pedindo a ele US$ 8 trilhões de dólares. No entanto, no último dia, antes que Luke receba do juiz uma decisão à revelia, o diabo aparece para se defender, acompanhado por uma equipe formada pelos dez melhores advogados do país. Pela TV, o mundo inteiro assiste ao julgamento do século, para saber quem ganhará a causa.

Entrevista

Com o objetivo de entender um pouco mais o motivo da polêmica contra o filme, entrevistamos o diretor Tim Chey:

GF: Soubemos que vocês chegaram a receber uma mensagem avisando que este seria o primeiro ataque em massa no site IMDB com relação ao filme. O que você pensa dessa atitude?
Tim Chey: É triste, mas é verdade. Recebemos uma mensagem por e-mail avisando que teria um o primeiro “ataque em massa” no site IMDb (Internet Movie Database) e haveriam outros. Entramos em contato com o IMDB, mas eles nunca responderam. Essa é uma forma de manchar a reputação e desacreditar esses filmes. Mas Deus é grande e tudo vê!

GF: Considerado o melhor longa cristão do ano passado, o filme, em três dias, teve sua classificação caída de sete para quatro pontos. Há um modo de isso ser alterado? Como se dá esse processo de perda de pontos?
Tim Chey: O IMDB é o maior e mais influente site sobre cinema da Internet, mas as classificações são alteradas dessa única forma: voto a voto. Se concordam que o filme é bom e votam, sobe nas pesquisas. Como em apenas um dia, mais de 400 pessoas optaram pela menor nota apesar de nem terem visto o filme caímos.  É simples assim!

GF: Lemos alguns dos comentários depreciativos dos ateus: “propaganda religiosa”, “lavagem cerebral cristã”, “idiotice cristã”, e “eliminem os cristãos”, entre outros. Em sua opinião, o que os deixou tão ofendidos?
Tim Chey: Os cristãos são os únicos que sobraram para o ataque. Jesus disse: “Se eles Me odiaram, odiarão vocês”. Deixo a vingança para o Senhor. O mundo é cego. Nossa batalha não é contra carne nem sangue, mas contra os principados. Em apenas uma exibição em uma igreja, tivemos mais de 72 pessoas aceitando Jesus Cristo. Isso é que me alegra. Esse acontecimento já valeu por todos os ataques!

GF: Você pediu aos cristãos uma atitude de perdão. Como seria isso? O silêncio não daria a impressão de que, realmente, a ideia do filme estava errada?
Tim Chey: Jesus disse que devemos amar os nossos inimigos e fazer o bem aos que nos perseguem. É difícil, mas temos de fazê-lo!  Fui um cético até aceitar Jesus, depois dos 30 anos de idade. As ameaças não me intimidam, e não preciso provar nada. A minha parte é falar do amor de Deus.

GF: O filme teve 100 mil downloads ilegais em cerca de 50 sites ilegais, ainda que, com a pirataria, a mensagem tenha uma abrangência maior. Isso não chega a afetar os lucros para uma próxima produção?
Tim Chey: A pirataria é nociva em qualquer lugar. Mas acredito que Deus transforma maldição em bênção. É um dos filmes independentes mais baixados da história, o que, na verdade, é um elogio. A história e o título do filme chamam atenção do público secular. Ao assistir ao filme, eles vão esperar um filme de terror, mas acabam sendo atingidos com a mensagem do Evangelho… Isso é evangelismo!!! O restante Deus cuida.

GF: A polêmica em torno do filme já chegou aqui no Brasil. Como você acha que os brasileiros aceitarão todas essas histórias? Qual é a sua perspectiva para o filme aqui?
Tim Chey: Os brasileiros vão amar este filme. Eu garanto! A polêmica servirá para aguçar mais a curiosidade em assistir ao filme. Desejo que mais almas recebam Jesus Cristo.

GF: Que mensagem você deixa para os brasileiros que irão assistir ao filme?
Tim Chey: Há um demônio real. Há um Deus real. É hora de escolher quem você segue. Não há muito tempo antes do retorno de Cristo. Leve isso a sério!

Por Rosângela de Luna